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A mostrar mensagens de setembro, 2009

O barco Moliceiro

Os barcos moliceiros são um dos emblemas da Ria de Aveiro. Em forma de meia-lua têm mastro e leme de grandes dimensões. A construção dos barcos moliceiros é uma indústria tradicional que apenas existe nesta região, especialmente nos concelhos da Murtosa e Ílhavo. Trata-se de uma profissão que passa de pais para filhos. O comprimento total é cerca de 15 metros, a largura de boca 2,50 metros. Nada se esquece no interior deste pequeno barco. O castelo da proa é coberto e fechado com porta e chave, serve de câmara de tripulantes e paiol de mantimentos. A cobrir as duas primeiras cavernas de água, há um estrado ao mesmo nível do piso da câmara, que tem a função de lareira e onde os tripulantes preparam e comem as refeições. O castelo da ré é preenchido por um espaço, em que se guarda o barril da água, as forcadas e as tamancas e é coberto por uma tampa móvel, que serve de assento ao arrais. O seu pequeno calado permite-lhes mover-se nos canais menos fundos, sendo, nessas circ

O Sal de Aveiro

Ao observar a imensa planície de água da Ria de Aveiro sobressai o caprichoso ladrilhado composto pelas marinhas de sal, assim como os seus albinos montes. Mas esta paisagem deslumbrante resulta do esforço heróico do marnoto aveirense. A região de Aveiro não tem as de condições climatéricas adequadas a uma fácil e regular evaporação. Por isso o marnoto tem de multiplicar os seus esforços para suprir as deficiências climáticas. Se é certo que o Sol e o Vento são os grandes geradores do Sal, provocando a evaporação da água salgada enclausurada em recipientes expostos à sua acção no Salgado de Aveiro, também é certo que o sol de Aveiro não é tão forte como o das terras do sul e muitas vezes encontra-se coberto por um manto de nuvens, tendo por isso de ser o marnoto o sublime escultor dos finos cristais. O factor humano é por isso um elemento primordial que actua na exploração salineira de Aveiro. E as normais chuvas de verão e até o nosso rio Vouga, também não ajudam n